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quinta-feira, 21 de março de 2013

Fundação dos Idiomas



Segundo os antigos mexicanos, a história é outra.
Eles contaram que a montanha Chicomóztoc, erguida onde o mar se partia em duas metades, tinha sete grutas em suas entranhas.
Em cada uma das grutas reinava um deus.
Com terra das sete grutas, e sangue dos sete deuses, foram amassados os primeiros povos nascidos no México.
Devagarinho, pouco a pouco, os povos foram brotando das bocas da montanha.
Cada povo fala, até hoje, a língua do deus que o criou.
Por isso as línguas são sagradas, e são diversas as músicas do dizer.

Eduardo Galenao - Espelhos



É curioso perceber o papel da língua nas várias explicações sobre a gênese da humanidade.
Será apenas coincidência?
Será que o verbo está ai, como simbolo de divindade, por acaso?
No início era o verbo...

Boa reflexão.

Saudações cordiais,
O Estudante.



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O que impulsiona nossa espécie


Esses dias fiz uma viagem e mergulhei no universo de outra cultura, mais precisamente no universo da cultura Afro-Brasileira. Presenciei uma grande cerimônia do Candomblé.

Homens, mulheres, crianças e adolecentes. Gente de várias cidades e estados, juntos para realizar as festividades.

Procurei entre o sobe e desce de entidades e espíritos alguma coisa que eu pudesse reconhecer como divino, foi em vão. Com meus olhos destreinados para este tipo de ritual, só pude ver homens. Nada além disso.

Me pergunto. O que nos move a seguir crenças ou simplesmente não segui-las? Sartre bem antes de mim, pensou a respeito, e afirmou que os homens em geral tem ânsia por uma finalidade para a vida.

Ele responde a este questionamento através da alegoria do corta-papel.

Sartre observou que, a maioria do homens demonstra através de suas ações uma necessidade extrema em encontrar um sentido para a vida, uma finalidade precípua à sua existência.
A busca se torna na maior parte das vezes um estorvo, um peso enorme de frustração e desinteresse pelas coisas simples que compõem o cotidiano.



Em contraponto à ideia do corta-papel, o pensador francês, definiu o ser humano através de uma outra alegoria. A da pedra lascada.

A pedra lascada não fora criada. Foi descoberta, significada e transmudada pelo uso humano em ferramenta. Segundo este pensamento, a pedra lascada ganha valor no nosso mundo simbólico, como símbolo além da coisa em si. É portanto o olhar humano que dá sentido as coisas. Sentido CRIADO, INVENTADO, INTERPRETADO e ADAPTADO.

Perceber o papel do olhar do OUTRO neste mundo simbólico e conceitual não é das tarefas mais fáceis.

Boa reflexão.
Saudações Cordiais,
O Estudante.


PS: Esse texto teve inicio em 25 de setembro de 2011 e ficou esquecido por um tempo, esses dias eu consegui finalizá-lo.