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domingo, 11 de setembro de 2011

O que é Ideologia - Marilena Chauí



Tive a felicidade de ler este livro em uma excelente e oportuna complementação da matéria sociologia na faculdade.
Por falta de perícia e tempo, não tentarei resumir nem transmitir as ideias contidas no livro. Mas, como um adepto do século deleuziano ou "rizomático" forneço o link para que vocês se dediquem a esta leitura que na minha opinião é de grande valia.

Desejo a todos uma excelente formação como pessoas, independente da área profissional.

Saudações Cordiais,
O Estudante.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A tempestade.

Publico texto de um amigo que prefere guardar o anonimato.

Saudações Cordiais,
Efeito Rizoma.


É muito fácil se levar pela força da tempestade, pela ânsia do salto, pelo poder das circunstâncias. Alguém já tentou nadar contra a maré? Atravessar a multidão "desembestada" em sentido contrário? Alguém já descobriu parâmetros que gerem honestos "atalhos” pelos caminhos mais difíceis?
E não estou falando de louvar o mérito de quem sofreu as agruras e dificuldades do crescimento profissional, e hoje se regozija nos "plácidos" campos dos vitoriosos. Estou exortando àquela coragem de dizer NÃO quando todos, pelo poder do comodismo, apontam como saída uma única direção.
A vida é cheia dessas circunstâncias, em que tendemos por aceitar o consenso, seguir o ritmo ditado por normas genéricas e atribuir nossas decisões ao formalmente aceito.
Essa é a verdadeira tempestade. Aquela que quer jogar você na vala da liquidez humana e fragmentar sua razão única e indissolúvel numa sopa de conceitos e regras.
Pois quebre as regras, destrua os princípios enfadonhos e prove a que veio. Saia da manada e por mais aterrador que seja vagar na savana longe do aconchego, prove seu diferencial, pois a tempestade um dia passa e debaixo de todos aqueles escombros, você terá o orgulho de encontrar sua árvore de princípios intacta.


Pensador desconhecido

domingo, 24 de julho de 2011

Como nosso sistema constrói os preconceitos

Este espaço não nasceu com a finalidade de denúncias, porém me sinto compelido a corrigir um pouco o rumo do nosso trabalho. 
Como vocês devem supor, dedico um pouco do meu tempo livre a leitura, às vezes leio romances para desanuviar a mente e quase sempre leio filosofia, para DESANUVIAR mais rápido. Em minhas leituras encontro aqui e acolá vocábulos que não fazem parte do meu cotidiano ou que simplesmente tenho alguma ideia do termo mas prefiro verificar no dicionário. 

Eis com o que me deparo quando verifico a palavra ÍMPIO no site http://www.priberam.pt/dlpo/ (dicionário respeitado e muito acessado na rede)






Fiquei indignado com a relação que fizeram entre a falta de piedade e o ateísmo, a heresia ou ainda o sacrilégio.
Se no espaço virtual criado especificamente para consultas educacionais, para esclarecer dúvidas, encontramos tais relações temos que realmente nos preocupar. Se fizermos uma pequena reflexão e expandirmos esta iniquidade para outros tipos de preconceitos poderíamos facilmente encontrar:

 imoral 

adj.

1. Contrário à moral.

2. Falto de moralidade.

3. Desonesto.

4. Escandaloso.
5. Libertino.
s.m
6. Sem moral = Homossexual, Bissexual e congêneres.

Ou pior ainda poderíamos encontrar algo do tipo:

gatuno 

adj. s. m.
Vadio que se dá ao furto; larápio; ratoneiro.
s.m
2. Ladrão = Negro, vagabundo e preguiçoso. 


Para nossa quase tranquilidade os dois exemplos que citei não existem mais. Ou pelo menos não existem mais escritos, se alguém ainda pensa desta forma tem a obrigação cívica de guardar para si, pois a mera manifestação deste tipo espúrio de preconceito constitui crime.
É inegável, sinto dizer, que nossas leis são demasiadas lentas e nosso legislativo inoperante e surdo, pois a realidade social leva décadas para chegar ao "papel".
Destas incongruências com a realidade é que se constroem os preconceitos. Quando alguém ou alguma classe dominante resolve achar por bom, por justo, por correto algum conceito, este é aceito de imediato e difundido através dos instrumentos de controle das massas. Como bons exemplos para estes instrumentos temos a televisão, o rádio, enfim as mídias em geral.

A problemática do preconceito é enorme e para poder concluir o texto vou me ater ao que interessa a minha crítica.

É inadmissível que nos dias atuais tenhamos tais preconceitos sendo difundidos na grande rede, os organizadores deste site devem explicações a todos os homens de bem, ateus ou teístas. Quisera eu que a justiça.
Todos os indivíduos que compõem o que chamamos de coletividade, no nosso caso específico o Brasil, são responsáveis pelos crimes não punidos, pela falta de cultura como também pela quase inexistente tolerância.
A questão que ponho aqui não se reporta a sua órbita de direitos, ao contrário ela transcende por inteiro o pessoal, se entremeia no todo. Não importa a esta questão qual é o seu credo ou seu não credo, temos uma doença degenerativa no seio da nossa sociedade, ela se pronuncia na nossa complacência, na nossa vista grossa com os problemas do OUTRO.
Seguindo o raciocínio que expus concluo que é no problema que aflige ao outro que nós cometemos os maiores erros da história.
A ver:
Guerras santas - Qual é o problema de matar no oriente?
Santa inquisição - Qual o mal em torturar e condenar à fogueira, à roda, ao cadafalso, baseados em confissões retiradas a sangue?
Conquista espanhola - Podem matar todos os ameríndios, até porquê eles não tem alma, são como animais, muito diferentes de nós. 70 milhões de mortos. Civilizações dizimadas, culturas perdidas.
Trafico negreiro - Podem escravizar, estuprar, torturar todos os negros que conseguirem, afinal eles também não tem alma, dizem que nem sentem dor.
Segunda guerra - É melhor ficarmos de fora, até por que o que Hitler está fazendo não nos concerne, são questões internas da Alemanha. Quantas vidas seriam poupadas se tivéssemos intervindo mais cedo? 60 milhões de mortos, incluindo 20 milhões de soldados e 40 milhões de civis.

Poderia continuar e listar outros tantos erros cometidos ao longo da história, todos decorrentes de intolerância, ignorância e preconceito.

Faço outra ressalva não menos importante: não é por que muita gente acha que uma coisa é certa que ela forçosamente será, é preciso ter um olhar crítico sobre o que está posto.
A mudança a que me refiro deverá ser uma escolha sua, não importa quantas vezes escrevam ou falem, a análise dos principais dogmas deve ser empreendida por você.
Nunca é tarde para questionar, prescrutar e rever seus conceitos.
Lembre-se que até quando você não faz nada você pode estar contribuindo para atrocidades.

Boa reflexão a todos os serem pensantes.

Saudações cordiais,
O Estudante.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Estudar por quê?

www.mymodernmet.com

Em uma de minhas viagens pelo interior do estado vi uma menina de no máximo treze anos dar um tiro de 300 metros para recuperar o ônibus da escola.  Nunca vi tanta gana pelo estudo. Se tivesse filmado daria um belo de um clip motivacional.

Para que este que vos escreve descobrisse gosto pelos estudos, foi preciso trabalhar em uma loja de varejo no centro por mais de um ano.

Cada um amadurece do seu jeito. É o que dizem.
É uma pena perceber que na verdade isso é uma bela falácia. Existem pessoas que nunca irão amadurecer, ou pior, que nunca passarão sequer uma hora de sua existência acordado.
O que motiva a nossa espécie? gostaria de vos dar a resposta, mas hoje só trouxe dúvidas.

Duvido, inclusive, do interesse do nosso sistema em nos preparar para tal façanha que é estar desperto.
Duvido da educação dada a nós pelos nossos primeiros professores, os nossos pais, porque infelizmente o ser humano só transmite o que ele possui.
Duvido do padre, do bispo, do pastor, do shamam, do guia, porque eles querem sempre nos explicar tudo. Isso não me convém, prefiro descobrir o mundo com o que eu possuo de melhor. Minha Razão, se é que a possuo.
Não posso deixar de duvidar dos senhores do mundo. Os que parecem bons tentam conciliar o egoísmo inerente a nossa espécie, o poder em suas mãos e o tão almejado bem maior. Como são lerdos. Com os maus declarados não desperdiçarei nem mais um pixel.
Duvido também dos meus sentidos porque basta um simples balanço e meu mundo pode ruir bem em frente aos meus olhos, tudo pode de repente deixar de ter esta organização. Caso isto ocorra, neste momento, vos pergunto. O mundo deixará de ser mundo? Coitado dos internos em manicômios.

Tenho tantas outras dúvidas...
Na minha breve caminhada consegui amealhar uma impressão que me parece quase livre de erros. Esta impressão floreia minha mente com momentos de clareza impagáveis que me ocorrem quando me debruço em meus estudos...

Boa sorte em seus estudos e em sua busca.

Saudações cordiais,
O Estudante

Musicas para ouvir online

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Ócio como Combustível




Longe de mim fazer apologia a exploração do homem pelo homem.

Mas é verdade, e os senhores não podem negar, que para produzir se faz necessário tempo.
Vide a Grécia antiga, com seus cidadãos que tanto avançaram em sua curta civilização, retirando com simplicidade a humanidade da completa escuridão, deixando naturalmente muita coisa por fazer e por pensar.

Olhando para trás percebemos que incontáveis homens (e mulheres) dedicaram grande parte de sua vida ao desenvolvimento e ao conhecimento. Essas pessoas que contribuíram, forçando os limites impostos às suas circunstâncias, tinham algo em comum. Além de estarem motivadas, quase que compelidas a extrapolar, elas empenharam o seu TEMPO nesta prática. E isso fez toda a diferença.

Na atualidade o tempo deixa de ser do homem e vira objeto de um sistema que faz questão preenchê-lo. De várias maneiras estamos sempre "participando" de alguma coisa extremamente interessante ou importante.
A lacuna do processo se apresenta na hora da famosa interação, tão em moda quanto esquecida. Simplesmente não participamos em absolutamente nada, somos na esmagadora maioria das situações meros espectadores.
É preciso dedicação ao ócio contemplativo, reservar um espaço para a mente divagar, se interessar, questionar, se admirar, para a razão atuar.

As instituições e as formas de poder ocupam a razão lentamente, dia após dia, sendo impossível evitar o contato. Todos sofrem influência. Tomem por exemplo uma criança. Com quantas horas de programação televisionada a criança chega ao seu primeiro dia de aula? Será que o professor do primário é o primeiro a incutir valores na mente deste novo ser?
A programação e os padrões não são ruins de todo. Só não devem ser a força que determina a ação do homem. Caso aconteça não há sequer liberdade.

Deixemos a preciosa liberdade de lado, ela não é objeto desta reflexão, e voltemos ao Ócio.

O Ócio é portanto a coisa mais importante que um sujeito pensante deve almejar.
É no momento de contemplação e análise que se encontra respostas.

Saudações cordiais,
O Estudante.

Créditos da Imagem http://www.mymodernmet.com/ Sempre deixando nosso blog mais bonito