quarta-feira, 13 de abril de 2011
O Ócio como Combustível
Longe de mim fazer apologia a exploração do homem pelo homem.
Mas é verdade, e os senhores não podem negar, que para produzir se faz necessário tempo.
Vide a Grécia antiga, com seus cidadãos que tanto avançaram em sua curta civilização, retirando com simplicidade a humanidade da completa escuridão, deixando naturalmente muita coisa por fazer e por pensar.
Olhando para trás percebemos que incontáveis homens (e mulheres) dedicaram grande parte de sua vida ao desenvolvimento e ao conhecimento. Essas pessoas que contribuíram, forçando os limites impostos às suas circunstâncias, tinham algo em comum. Além de estarem motivadas, quase que compelidas a extrapolar, elas empenharam o seu TEMPO nesta prática. E isso fez toda a diferença.
Na atualidade o tempo deixa de ser do homem e vira objeto de um sistema que faz questão preenchê-lo. De várias maneiras estamos sempre "participando" de alguma coisa extremamente interessante ou importante.
A lacuna do processo se apresenta na hora da famosa interação, tão em moda quanto esquecida. Simplesmente não participamos em absolutamente nada, somos na esmagadora maioria das situações meros espectadores.
É preciso dedicação ao ócio contemplativo, reservar um espaço para a mente divagar, se interessar, questionar, se admirar, para a razão atuar.
As instituições e as formas de poder ocupam a razão lentamente, dia após dia, sendo impossível evitar o contato. Todos sofrem influência. Tomem por exemplo uma criança. Com quantas horas de programação televisionada a criança chega ao seu primeiro dia de aula? Será que o professor do primário é o primeiro a incutir valores na mente deste novo ser?
A programação e os padrões não são ruins de todo. Só não devem ser a força que determina a ação do homem. Caso aconteça não há sequer liberdade.
Deixemos a preciosa liberdade de lado, ela não é objeto desta reflexão, e voltemos ao Ócio.
O Ócio é portanto a coisa mais importante que um sujeito pensante deve almejar.
É no momento de contemplação e análise que se encontra respostas.
Saudações cordiais,
O Estudante.
Créditos da Imagem http://www.mymodernmet.com/ Sempre deixando nosso blog mais bonito
Marcadores:
Conhecimento,
Efeito,
Efeito Rizoma,
Evolução,
Filosofia,
O Estudante,
Ócio,
Ócio Contemplativo,
Ócio Produtivo,
Poder,
Rizoma,
Sistema
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Concordo plenamente com a importância do ócio, contemplativo, criativo, produtivo...
ResponderExcluirÉ sempre bom encontrar gente interessada.
ResponderExcluirFique a vontade para nos visitar.
Estou avida pelos próx posts!!!!! ^^
ResponderExcluirPrecisamos de algum momento de ociosidade para atendê-la ^^ Obrigado pela visita!
ResponderExcluirEm um mundo em que uma máquina produz mais e melhor que mil escravos e dez mil homens livres, passar oito horas diárias no trabalho, produzindo absolutamente lixo, para podermos comprar este mesmo lixo que produzimos é tão absurdo que quase não dá pra acreditar qua não nos levantamos todos contra esta situação surreal! O trabalho útil, que produz o que é necessário, bom ou belo não é um porcento do todo. Reduzir é progredir!
ResponderExcluirHoje tenho 6 ou sete horas diárias para dedicar a minha razão. Quando voltar a faculdade serão no máximo 3hrs diaras. O que da pra fazer com essas horas? `Prefiro não me aprofundar neste raciocínio para não acabar desmotivado por completo.
ResponderExcluir