Esses dias fiz uma viagem e mergulhei no universo de outra cultura, mais precisamente no universo da cultura Afro-Brasileira. Presenciei uma grande cerimônia do Candomblé.
Homens, mulheres, crianças e adolecentes. Gente de várias cidades e estados, juntos para realizar as festividades.
Procurei entre o sobe e desce de entidades e espíritos alguma coisa que eu pudesse reconhecer como divino, foi em vão. Com meus olhos destreinados para este tipo de ritual, só pude ver homens. Nada além disso.
Me pergunto. O que nos move a seguir crenças ou simplesmente não segui-las? Sartre bem antes de mim, pensou a respeito, e afirmou que os homens em geral tem ânsia por uma finalidade para a vida.
Ele responde a este questionamento através da alegoria do corta-papel.
Sartre observou que, a maioria do homens demonstra através de suas ações uma necessidade extrema em encontrar um sentido para a vida, uma finalidade precípua à sua existência.
A busca se torna na maior parte das vezes um estorvo, um peso enorme de frustração e desinteresse pelas coisas simples que compõem o cotidiano.
Em contraponto à ideia do corta-papel, o pensador francês, definiu o ser humano através de uma outra alegoria. A da pedra lascada.
A pedra lascada não fora criada. Foi descoberta, significada e transmudada pelo uso humano em ferramenta. Segundo este pensamento, a pedra lascada ganha valor no nosso mundo simbólico, como símbolo além da coisa em si. É portanto o olhar humano que dá sentido as coisas. Sentido CRIADO, INVENTADO, INTERPRETADO e ADAPTADO.
Perceber o papel do olhar do OUTRO neste mundo simbólico e conceitual não é das tarefas mais fáceis.
Boa reflexão.
Saudações Cordiais,
O Estudante.
PS: Esse texto teve inicio em 25 de setembro de 2011 e ficou esquecido por um tempo, esses dias eu consegui finalizá-lo.
Procurei entre o sobe e desce de entidades e espíritos alguma coisa que eu pudesse reconhecer como divino, foi em vão. Com meus olhos destreinados para este tipo de ritual, só pude ver homens. Nada além disso.
Me pergunto. O que nos move a seguir crenças ou simplesmente não segui-las? Sartre bem antes de mim, pensou a respeito, e afirmou que os homens em geral tem ânsia por uma finalidade para a vida.
Ele responde a este questionamento através da alegoria do corta-papel.
Sartre observou que, a maioria do homens demonstra através de suas ações uma necessidade extrema em encontrar um sentido para a vida, uma finalidade precípua à sua existência.
A busca se torna na maior parte das vezes um estorvo, um peso enorme de frustração e desinteresse pelas coisas simples que compõem o cotidiano.
Em contraponto à ideia do corta-papel, o pensador francês, definiu o ser humano através de uma outra alegoria. A da pedra lascada.
A pedra lascada não fora criada. Foi descoberta, significada e transmudada pelo uso humano em ferramenta. Segundo este pensamento, a pedra lascada ganha valor no nosso mundo simbólico, como símbolo além da coisa em si. É portanto o olhar humano que dá sentido as coisas. Sentido CRIADO, INVENTADO, INTERPRETADO e ADAPTADO.
Perceber o papel do olhar do OUTRO neste mundo simbólico e conceitual não é das tarefas mais fáceis.
Boa reflexão.
Saudações Cordiais,
O Estudante.
PS: Esse texto teve inicio em 25 de setembro de 2011 e ficou esquecido por um tempo, esses dias eu consegui finalizá-lo.
Considero este um tema complexo. Pois reflete a finalidade da nossa existência.
ResponderExcluirSe pegar pela cosmologia, somos apenas micro-seres coabitando na imensidão Cosmos, arriscaria até ir um pouco para o Niilismo existencialista, na qual tudo se torna indiferente a nossa existência, para que o vazio não coabite ladrilhamos nossa estrada com vontade, anseios, desejos.
O tédio nos move, enquanto houver insatisfação haverá tédio, haverá necessidade de buscar algo, isso segue claro da ambição de cada qual.
Referente a crença ou não, isso serve também como um trampolim para a vida na qual o individuo irá pautar suas decisões e escolhas, quem tem a crença religiosa irá se apoiar nela, já quem não tem irá se apoiar apenas no material.
Apoiar-se nas suas necessidades, traçar planos, metas e objetivos em ambos os casos, faz com que a nossa existência não seja assim tão vazia ou em vão assim, posso estar repetindo suas palavras, mas também tenho essa mesma percepção.
As vezes tenho as minhas " crises de existencialismo", creio eu que todos nós em determinados momentos a temos.
Com relação a esse assunto é um dos meus preferidos, mesmo que cheguemos a uma conclusão, sempre pouco tempo depois nos aparece algo novo. Um motivo para prosseguir vivente. Olhar para si mesmo é o primeiro passo para qualquer reflexão, o exterior vem depois.
Embora as mentes mais pessimistas digam que somos apenas poeira e que com o tempo, voltaremos a fazer parte talvez das estrelas, de onde fomos gerados, a partir da grande fornalha.
Paradoxo complexo, ser ao mesmo tempo parte do universo e ao mesmo tempo, algo que compõe o nada.
Espero não ter sido muito longo no meu comentário, como já disse, gosto deste tema e sempre acabo me empolgando.
Cordial Abraço!!!
Amigo Argoth, agradeço seu comentário.
ExcluirOuvi ontem o Doutor, inspirado pelas palavras de OSHO, dizendo que o animal aprisionado pelo sujeito vive a eternidade.
Não devemos supervalorizar a mente, ela é uma péssima senhora e uma excelente serva.
Colocar os sentidos como razão final parece ser um erro. Encontrar brechas nesse nosso mundo conceitual e simbólico é a tarefa árdua que merece especial atenção.
Os nossos semelhantes que conseguiram colocar a mente no lugar de serva atingiram uma "consciência superior" que transcende as questões simbólicas/conceituais.
Vamos desestabilizando a mente e criando...
Grande abraço.
O Estudante.
Nem é tanto algo como supervalorizar a mente, e sim entra mais no conceito de tentar entender e desvendar. Com relação a essas brechas sim, concordo.. toda a atenção possível.
ResponderExcluirAbraços.